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Quando a Ilha também chora

Foto do escritor: Vanda PazVanda Paz

Nas ilhas o sabor do tempo é retumbante.

As escarpas, o silêncio profundo

vulcões adormecidos

gritos embrulhados no vento

tantas vezes reclamados pelas ondas do mar.

Tão poucos e o medo de serem quase nenhuns

dão a face pela desumanização

como se esquecessem os princípios

como se o silêncio absolvesse

aos que ferem

quem nada tem - quem nada pode.

Sorrisos desamparados, braços estendidos

como cascatas diretas ao oceano.

Por falso compromisso, compromete quem sabe amar,

em nome de um Deus que não é de todos.

Não é falta de fé, é falta de carácter.

 

Gritos embrulhados no vento,

abuso de quem nada tem – de quem nada pode.

São esses que não me saem do pensamento.




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