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SAUDADE

  • 5 de nov. de 2020
  • 1 min de leitura

É o frio que tatua o teu nome

Na esperança de o ontem ser agora

É a serra rasgada num caminho

Tão distante, como longa é a demora

É a brancura da flor da amendoeira

É a frescura da verde laranjeira

São os teus lábios de sabor a mel

… os teus lábios…

… a saudade amarga com sabor a fel

Ah! se eu pudesse beber-te pela chuva

E gritar o teu nome ao céu

Talvez ouvisses… talvez…

E te colasses em mim como mosto de uva

Matando o dia estilhaçado de breu

E no horizonte, o mar

E nos teus olhos, o mar

Saudade dorida para quem apenas quer voar


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