É o frio que tatua o teu nome
Na esperança de o ontem ser agora
É a serra rasgada num caminho
Tão distante, como longa é a demora
É a brancura da flor da amendoeira
É a frescura da verde laranjeira
São os teus lábios de sabor a mel
… os teus lábios…
… a saudade amarga com sabor a fel
Ah! se eu pudesse beber-te pela chuva
E gritar o teu nome ao céu
Talvez ouvisses… talvez…
E te colasses em mim como mosto de uva
Matando o dia estilhaçado de breu
E no horizonte, o mar
E nos teus olhos, o mar
Saudade dorida para quem apenas quer voar
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