Escorre no olhar o vinho rubro como lágrimas encorpadas de fogo O tudo e o nada na esperança de serem voz embriagada, mas livre Solta-se no ar o aroma frutado da alma cristalina Enquanto se evapora o sabor amargo tingido de outrora
E da palidez nasce a madrugada doce intitulada de reserva Que se envolve da boca aos lábios que quase se tocam Sorvendo a manhã com sabor a sal pelo olhar que derrama o céu E de nós fica o encontro engarrafado em vidro mel num estágio esquecido pelo tempo

Vanda Paz
Muito obrigado p'la tua arte, obrigado por minha parte e por usufruirmos desse e deste mundo em que nos esquecemos que realmente somos almas vizinhas nós todos e do que temos juntos quer queiramos quer não de percorrer pois que ... depois tudo acabou , tudo acaba sempre, somos obras nunca acabadas do que pensamos ser casas, sombras de prédios, perdidos dizemos a nós mesmos , fazemos os mesmos pedidos às estrelas passados milhões de anos , sentimos os mesmos desejos que Plometeu, mentimos a nós mesmos acerca de um céu que nos esqueceu