Existem destinos que não distinguem o sol da lua, mas sabem que o Natal é quente e bom. Encontram o conforto no brilho dos olhares de quem abraçam. Este ano o abraço é curto, o brilho é escasso e o futuro é incerto… e a incerteza dói. Existem destinos em que o cheiro a chocolate quente é que escolhe o caminho. E os presentes definem os amigos para a vida. Mas a vida é tão curta e a minha não te chega. Uma ansiedade gigante descoordena o foco do dia a dia, apenas, para o curto momento entre o rasgar de folhas coloridas e o sorriso largo. Todos os anos as lavaredas consomem milhares de pais natais e renas de nariz vermelho e o tempo consome-me frio. Existem destinos que vivem de abraços. E a falta deles asfixiam-nos até à morte, porque morre a certeza do amor. O calor das mãos é a vida que falta a destinos incertos.
Hoje, é preciso olhar as vidas à nossa volta. Como quem procura o conforto de um chocolate quente. Para ajudarmos os destinos, que apenas precisam de um abraço, a seguirem o seu caminho.
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